Cortes no Orçamento e CPI ameaçam concursos

Fernanda Odilla
Do Correio Braziliense 

Brasília – Diante da criação de mais uma CPI no Congresso e de uma arrecadação R$ 39,29 bilhões menor, tudo o que o governo mais quer é minimizar possíveis desgastes em ano de eleição. Para afastar o fantasma da greve geral de servidores, que ameaçam cruzar os braços a partir de março se o Ministério do Planejamento não cumprir os acordos assinados com dezenas de categorias, governo e base aliada no Congresso começam a traçar um plano. “Vamos adiar ao máximo a realização dos concursos e das novas contratações para não prejudicar os compromissos de reajuste salarial”, revela o vice-líder do governo, deputado Gilmar Machado, indicando o caminho da economia do governo.

Ainda assim, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, trabalha com a possibilidade de repactuar os prazos com os servidores. Contudo, não marcou data nem antecipou valores. Inicialmente, o Orçamento previa, para 2008, R$ 5,9 bilhões para novos concursos e contratações nos Três Poderes e no Ministério Público. Para os reajustes salariais, foram indicados R$ 4 bilhões. Deixar as nomeações dos aprovados em seleções para o segundo semestre reduziria em mais de 50% o impacto no Orçamento e permitiria fazer alguns ajustes no plano de concursos. Atrasar os reajustes também minimizaria os gastos do governo.

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